quarta-feira, 19 de maio de 2010

Meio Sol Amarelo de Chimamanda Adichie

Nada conheço de África.
Leio alguns escritores africanos cuja língua é o Português. Leio notícias, vejo reportagens, fotografias. Conheço relatos de guerras, massacres, secas, fome e morte ( principalmente através das palavras bem intencionadas de europeus ).
Também recordo algumas campanhas, sempre acompanhadas de belas canções, para ajudar crianças, populações famintas do país X ou Y, algures em África.
Comprei o livro de Adichie após ter visionado o discurso que fez sobre " o perigo da história única".
Ainda bem.
Adichie é uma belíssima escritora nigeriana. A sua história acompanha o tempo trágico da guerra do Biafra através de personagens cuja realidade não é " folclórica ", mas humana, universalmente humana.
E, como diz o europeu que se apaixona por uma mulher nigeriana e pela causa do Biafra ( paixões inseparáveis ): " Não sou eu que devo contar a história desta guerra.".
Adichie conta o amor, o entusiasmo, a violência, o medo, a morte, a coragem e a cobardia. As suas personagens vivem num tempo que as obriga a sobreviver no cenário de horror de uma guerra, que poderia ser qualquer guerra.

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