domingo, 27 de junho de 2010

SIM/NÃO

Sim, agarraria a tua mão desaparecida

Sim, procuraria a tua boca já distante

Sim, por ti faria a loucura parecer tranquila

E a dor ter a cor do beijo

Sim, por ti imaginaria uma história bonita

Que acabaria onde as outras começam

Sim, acomodo os meus braços ao vazio

Aconchego o coração nas nuvens da noite fria

Sim, digo que sim

Para ouvir em mim o teu eco.

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Não, não ficarei feliz quando partires

Não, não saberei mudar o choro em riso

Nem a dor em esperança

Não, não saberei cuidar de mim

Não saberei se o amor vive sem os beijos

Não, não sentirei o teu coração bater comigo

Não poderei preencher o vazio dos meus braços

Com palavras sensatas e distantes

E o não

Como farei para apagar a sombra

Desta palavra que cresce, se arrasta

Trazendo consigo rimas

( e eu que não gosto de rimas)

Que ficarão esperando ( solidão? Rejeição?)

2 comentários:

  1. Obrigado por partilhar tão lindos e tristes versos.
    Mas a esperança é o que nos da vida. A esperança é o que nos faz olhar além do horizonte, em quaisquer circunstancia, aconteça o que aconteça.
    Rejeição?... Espero que não.
    Solidão? ... é só uma opção pessoal. Há outras...

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  2. Me parece increible que de un sentimiento tan triste , como el que expresas, te haya salido algo tan hermoso como lo que escribes. ¡GRACIAS! En nombre de todos.

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